"NÃO É DE FORA QUE A NAVE VEM, É DE DENTRO DO PEITO QUE A NAVE SAI"

“Eu queria que esta fantasia fosse eterna, quem Sabe um dia a paz vença a guerra? E viver seja só festejar...” “São Thomé das Letras está localizada no pico de uma montanha de pedra, incrustada na Serra da Mantiqueira, a 1.444 metros do nível do mar.

O céu é muito azul e a cidade é envolvida por um vale intensamente verde, onde se escondem magníficas grutas, cachoeiras, cavernas sem fim e ladeiras onde os carros sobem sozinhos. Vindo por Três Corações, acesso por estrada toda asfaltada, o branco prateado das pedras transformadas em alimento faz lembrar montanhas cobertas de neve. Vindo por Baependí, pelo Caminho Velho da Estrada Real, vislumbra-se o muro natural das pedras guardiãs, que faz lembrar a Cidade dos Incas”¹.

É difícil conhecer esta cidade e não se encantar com os mistérios que a envolve. Já fui três vezes em “Santomé” e pela primeira vez tive o prazer de ir até a cachoeira Vél das Noivas que era um sonho e a realizei. O legal é que fui com dois amigos, Jose e William.

Antes de partimos em nossa viagem Jose me fez roubar um azuleijo de minha mãe para que podesse achar um hippe que pintasse um raio de uma imagem para mandar de presente para um amigo no fim do mundo. Imagine o preço do sedex rs. Depois do roubo, catamos William na casa dele e seguimos nosso destino.

Rodamos a cidade inteira atrás do artista que pintasse em pedra. Não encontramos! Foi quando um carioca residente, nos disse que havia um tal de Clepto que fazia esse tipo de trabalho e que ficava pros lados das cachoeiras. Quando voltavamos do véu das noivas, jose insistente de mais pra não chamá-la de mala, me fez entrar por umas estradinhas que mais pareciam trilhas de bicke atrás do Mr.Clepto....

Andamos, andamos, andamos e até que enfim me achando perdido, buzinei frente a uma porteira. Um cara estranho, cabeludo, com barbas grandes e um sorriso aberto veio correndo nos receber...Eu já tava quase me cagando, e ele disse o que eu mais temia: __Meu nome é Clepto, podem entrar. Na mesma hora, o cel de jose tocou rs, como sempre. Ficamos somente eu e Will ouvindo o Hippe..

O cara era tão doido que quase me bate o desespero, nos levou para conhecer suas obras; a casa parecia um desenho animado, de terror, claro! Um jardim todo florido e verde me chamou a atenção pela organização; no centro uma coméia de abelha eram como suas operárias produzindo mel, os pássaros voavam feitos loucos sem causa; segundo o proprietário havia até micos pela mata, o que não duvido. Tinha até uma mini-cachoeira no meio da sala de estar e vários quartos camuflados em um sótão e na cozinha. Clepto começou a falar de drogas e eu só filmando; perguntava se a gente já tinha bebido chá de lírio, chá de bosta de vaca(Cogumelo louco melo, cogumlelos azuis, como diz a letra do cantor Ventania)...Eu claro, só concordei. E o medo que eu tava do doido fazer com agente como no filme Albergue, onde os turistas são mutilados rs.

A Minha salvação foi quando Jose entrou na casa, acho que a bateria do cel dela tinha acabado rs...Eu logo joguei o hippe para dialogar com ela. Ele não quis pintar o quadro, acho que ele não sabia pintar em azuleijo...E os dois discutiram por exatos 29 minutos e não chegaram num acordo. Eu logo tive a idéia de ir embora.

__Vocês já vão para cidade? Eu vou com vocês....Disse Clepto.

Nessa hora eu entreguei pra Deus rs. A subida pra São Tomé foi sussegado, tirando a chuva, o hippe dizendo que não mexia mais com drogas e parecia ter fumado um caminhão de ervas rs...Chegou num determindo lugar e ele pediu pra descer. Rapidinho obedeci a ordem. Tchau, tchau, valeu te conhecer e até mais, foi quando ele voltou tirando alguma coisa de sua bolsa pintada com desenho de um sol.Pronto! Ele deixou pra nos matar com público; mas não. Ele tirou apenas seu cartão do bolso e me entregou dizendo que quando quisesse passar um fim de semana na sua casa-pousada era só ligar que ele alugava. __Tudo bem, Inté, Claro que vou ligar. Disse!

Putz...Bom como já tinhamos andado por toda cidade durante todo o dia, resolvemos ir embora e encerrar o dia no pesqueiro da Eva em Varginha-MG, tomando uma cerveja; mas foi então que Jose deu a idéia de subirmos o morro do amendoim. Relutei muito mas fui rsrs...

O morro do amendoim é famoso por fazer com que o carro mesmo desligado continue subindo, é incrivel e verdadeiro. Descemos do carro e isso acontecesse com o corpo humano também que é jogado pra trás. Você fica quase sem força pra andar.

Enfim, isso foi quase tudo que aconteceu com a gente rsrs; outra hora conto da água que bebemos no Clepto, da ida á caverna que chega ao peru e das aeronaves. Embaixo tem o video de minhas férias com a gente no morro do amendoim... Abração e até a próxima!!!!!!

Robson de Azevedo

¹http://www.visitesaothome.com.br

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