sábado, 7 de fevereiro de 2009

A PERSEGUIÇÃO - parte 2


Outro pedaço de papel? Comecei a analisar o papel e vi que se tratava de um mapa e uma observação no canto esquerdo pedindo para que eu fosse para o local.
__Meu Deus! O que estava acontecendo o que queriam de mim? Na saída da Rodoviária esbarrei em um rapaz que parecia perdido e mais assustado que eu. Ele era alto, moreno, olhos claros e se chamava Gustavo, sei o nome dele porque perguntei. Ele por sua vez me perguntou onde ficava o bairro Imperador; conhecidência ou não eu teria que ir para o tal bairro .
__Eu estou indo pra esse bairro, também não sei onde fica, mas se você quiser podemos dividir uma corrida de táxi. Disse.
Vi que Gustavo ficou meio sem jeito, será que não tinha dinheiro? Para não constrangê-lo mais, perguntei se ele queria ir de ônibus.
__Não não Obrigado Senhora. Eu aluguei um carro assim que desembarquei, só estou procurando o estacionamento. Falou o rapaz
__Senhora não! Eu não sou tão velha. Tenho só...Há deixa pra lá... Nem eu sabia qual era a minha idade e se meu nome verdadeiro era Raquel.
__Você aceitaria minha carona até o bairro imperador?
__Claro!
Nossa!! estava me sentindo no céu, primeiro cara bonito que via depois que sai da prisão. Entramos no carro e saímos do pátio do estacionamento. Gustavo gostava de conversar, me dizia que era do sul e que estava aqui á trabalhos. Por um momento esqueci do que estava acontecendo comigo e não sabia pensar em outra coisa que não fosse ele.
O semáforo fechou e um carro todo preto parou do lado e lentamente vi o vidro fumê se abaixar.
__Kátia? Você está viva! Um homem negro por volta de 46 anos falou em voz alta olhando para mim. Gustavo me olhou com a cara de quem sabia que tinha se envolvido numa fria. Eu claro fiquei super assustada.
__Não era Raquel? Perguntou o moço
Mas o susto maior mesmo foi quando o ele levantou uma arma e me mostrou. Gustavo arrancou com o carro e buzinando foi abrindo caminho pela avenida. O carro preto nos perseguia numa velocidade inacreditável. Gustavo, sem pensar entrou na contra-mão e sem medo de morrer percorreu cerca de 2 quilômetros. Policia? Não via nenhuma, os carros se desviavam da gente fazendo a maior confusão, quando pensei que tinha nos livrado, pelo retrovisor vi ao longe o omega 97 vindo. Mandei Gustavo entrar no túnel e na mão certa desta vez. Gustavo corria muito. Soava como um porco. O carro preto se aproximava só que agora dando tiros em nossa direção um acertou o retrovisor pelo qual eu estava espiando.

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