quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

SONHAR OU PARTICIPAR

Da janela vejo os carros que vão e vem pela cidade. Ouço o som que toca nas caixa acopladas ao computador. Poderia dizer que estou à toa, sem nada para fazer, mas é ao contrário; apesar de ser madrugada,resolvi dar uma reciclada, ler um pouco, me atualizar.

Viajei em duas reportagens de fatos, a primeira relata o assassinato do Presidente Kennedy e a segunda as últimas 24horas de vida de Che Guevara. Um iria assumir a grande potencia mundial, seria o 36ºPresidente dos Estados Unidos e o quarto a ser assassinado; Che combatia os governantes ricos, enquanto a população não passava de miseráveis morrendo sem esperança alguma. Guevara era visto como herói, o salvador. Pretendo iniciar uma pesquisa histórica sobre presidentes que nunca chegaram a assumir e combatentes que lutaram por um mundo melhor.

Nos dias atuais, biografias como a de Che parecem lendas, hoje não se vê o interesse por assuntos que envolvem o país.As pessoas estão ocupadas, preocupadas com o relógio, buscam uma instabilidade criada pelo capitalismo e tem a mídia como orientadora.Essa por sua vez bombardeia informações e instruções a serem seguidas.

A cauda dessa falta de tempo faz com que deixemos que os “outros” tomem decisões por nós. Em entrevista a Revista Veja de 30 de outubro de 2002 o ex-presidente José Sarney disse que “É preciso que o presidente tenha a noção de que sua responsabilidade perante a história é intransferível. O fracasso pertencerá somente a ele. O sucesso pertencerá a todos. Ele está lá para carregar a cruz”. É um fato triste, desanimador, mas é o que acontece. Mudar isso tem jeito? Sinceramente não sei, mas nada é impossível quando se tem vontade.

O ideal é participarmos opinando, procurando saber mais sobre o que acontece ao nosso redor. Não é muito difícil, mas também não é fácil, pois fomos acostumados desde crianças a recebermos tudo pronto. Uma proteção paternalista.Pareço um velho pensando assim não é? Mas logo lembro daqueles jovens que lutaram contra a ditadura, daqueles que pintaram a cara para tirar um mau caráter do poder.

O que falta na minha opinião é atitude dos professores que deveriam não só ensinar ao seus alunos somente a gramática, a tabuada, mas também a amarem o país em que vivemos, já que os pais não o fazem.

Possivelmente partindo dessa idéia poderíamos em longo prazo enxergar um horizonte menos obscuro e assim teríamos uma visão mais ampla dos deveres e obrigações a serem adotados por todos.

Robson de Azevedo

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